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Edição 021 – Avril Lavigne

Avril Ramona Lavigne nasceu em 27 de setembro de 1984 em Belleville, cidade canadense localizada na província de Ontário. Oriunda de uma família de classe média rigidamente cristã e ligada à Igreja Batista, é a filha do meio de Jean-Claude Lavigne, nascido no departamento francês de Mosela, com a anglo-canadense Judith-Rosanne “Judy” Loshaw. Seu primeiro nome foi escolhido em referência ao mês de abril em francês. Ela possui dois irmãos: Matthew, o mais velho, e Michelle, a mais nova. Seu pai trabalhava em uma companhia telefônica e sua mãe era dona de casa. Seu talento foi descoberto pela sua mãe quando a ouviu a cantar o hino cristão “Jesus Loves Me” aos 2 anos de idade, enquanto voltavam da igreja. Surpresa com o desempenho da filha, Judy sua mãe passou a incentivá-la a cantar e a chamá-la de “passarinho”. Seus irmãos, no entanto, zombavam de suas capacidades vocais e diziam-lhe que suas narinas inflamariam caso continuasse cantando. “Meu irmão costumava bater na parede, porque eu cantava para dormir e ele achava muito chato.”

Ainda na infância, mudou-se com a família para Napanee, cidade interiorana que possuía cerca de cinco mil habitantes. Lá recebeu o apoio de seus pais com respeito ao campo da música. Músico amador que tocava baixo em uma banda na igreja em Kingston, Jean-Claude nutriu as ambições musicais da filha, convertendo o porão da família em um estúdio. Além disso, ele lhe comprou um microfone, um kit de bateria, um teclado e violões. Nesse período, ela participava em corais na igreja da cidade e depois passou a cantar músicas de artistas country, como Faith Hill e Dixie Chicks, em feiras, exposições de gado e concursos de talentos locais.

Quando criança, frequentou a Westdale Park Public School, mas sua mãe a transferiu para a Cornerstone Christian Academy — uma escola particular localizada próximo à igreja da família, o Evangel Temple — na quarta série. Sobre sua vida escolar, relatou: “No começo, todos me conheciam no ensino médio como a menina cantora. Todo mundo ficava tipo ‘Óhh, sim, essa é a menina que canta’. Eu tenho cantado por toda a minha vida. Em meus últimos anos escolares, comecei a andar de skate e saía com patinadores e punks, eles eram meu grupo.” No início da adolescência, pegou emprestado o violão de seu pai e aprendeu a tocá-lo sozinha praticando “Fly Away” de Lenny Kravitz. Mais tarde, começou a escrever suas próprias canções.

Um ponto pivô em sua vida ocorreu em 1998, ano em que ganhou um concurso de canto promovido por uma rádio local que concedia ao vencedor o direito participar em uma apresentação que seria realizada no Corel Centre pela cantora country Shania Twain. Na ocasião, as duas cantaram “What Made You Say That”, uma canção de Twain, para um público de aproximadamente 20 mil pessoas. Cada vez mais desejosa pela música, quando completou 14 anos passou a ser levada pelos pais para sessões de karaokê. Por outro lado, seu desempenho escolar era fraco, pois não se sentia motivada a estudar. Apesar disso, sempre que possível realizava apresentações em locais ao sul de Ontário; até que certa vez, enquanto tocava no Lennox Community Theatre, foi flagrada pelo músico folk Stephen Medd, responsável por um festival local de música e artes. Ele a convidou para contribuir em uma compilação associada, na qual ela interpretou a canção “Touch the Sky”, incluída no álbum Quinte Spirit, de 1999. Em seguida, gravou “Temple of Life” e “Two Rivers” para o álbum My Window to You, de 2000.

Em 2008, Avril assinou um contrato com a sede canadense da multinacional Canon, tornando-se a garota-propaganda da marca e aparecendo em várias estações de TV do Canadá. Um dos motivos de sua escolha era garantir a relevância dos produtos da empresa dentro de um mercado formado por jovens simpatizantes com a música, a arte e a fotografia. Os produtos promovidos pela artista faziam parte da linha Rebel, de câmeras digitais SLR, e da linha ELPH, de câmeras compactas de apontar e disparar.

Em 2009, Avril fez parte de um comercial da empresa alemã T-Mobile com o objetivo de divulgar uma linha de celulares 3G nomeada MyTouch. Nele, ela atuou juntamente com os músicos Brad Paisley e Wyclef Jean. Esse comercial apareceu no programa American Music Awards, exibido pela rede de televisão norte-americana ABC. A T-Mobile fez uma promoção com celulares de edição limitada da Fender, com canções pré-carregadas da cantora.

Em campanha de 2010 contra a acne, feita pela Proactiv, Avril emprestou seu rosto para gravar um comercial falando a respeito da doença. Ela assinou com a Guthy-Renker para interpretar um papel proeminente no lançamento da campanha. Lenny Lieberman, produtor do comercial, elogiou sua atuação.

Em 2011, a sede chinesa da Lotto fechou um acordo de cooperação com Avril para lançar no país uma coleção com peças de vestuário tanto masculinas como femininas.

Embora descrita desde sua estreia como punk, Avril não incorporou muito desse estilo em Let Go e, segundo Alex Otriz do portal IGN, a única canção do álbum realmente voltada para o gênero é “Sk8er Boi”. Let Go foi classificado como um disco de pop rock e rock alternativo influenciado levemente pelo grunge. Enquanto isso, a cantora foi comparada a outras artistas femininas de mesma sonoridade, principalmente Alanis Morissette. Em Under My Skin, elementos sonoros e líricos de seu antecessor foram mantidos, entretanto, segundo Joe D’Angelo da MTV, com “assuntos muito mais maduros do que os paixões adolescentes” em Let Go. Marcado por letras temperamentais e melancólicas, Under My Skin foi comparado a trabalhos de Linkin Park e Evanescence, em virtude de sua influência de nu metal. De acordo com a intérprete, trata-se de “um álbum mais sério”, o que se revela inclusive pela faixa “Slipped Away”, baseada na morte de seu avô. Em contraste, The Best Damn Thing não é tão autobiográfico e musicalmente abandonou o estilo alternativo e o pós-grunge em favor do pop punk. Nesse álbum, Lavigne manteve a temática raivosa sobre garotos, porém soa mais sarcástica e autoconfiante, com mensagens de autoempoderamento feminino. Em Goodbye Lullaby, a sonoridade foi mais “despojada” e acústica, contrária à produção elaborada em Avril Lavigne, no qual a sexualidade foi abordada de forma mais explícita, como em “Bad Girl”, canção de temática sadomasoquista. Em Head Above Water, as letras, em sua maioria, são sobre o reconhecimento das fragilidades e superação. “Tell Me It’s Over”, uma de suas faixas, foi classificada como derivada do soul de estilo retrô, algo inédito nos trabalhos de Avril.

Referências de pesquisa: Wikipédia

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