O Mauna Loa ocupa pouco mais de cinco mil quilômetros quadrados do Havaí, aproximadamente. É um gigante. E seu tamanho colossal lhe garantiu o posto de maior vulcão do mundo.
Após 38 anos adormecido, o gigante acordou, no final de 2022. Era 23h30 de um domingo, 27 de novembro, quando o “show de lava” começou. Até então, sua última erupção tinha sido em 1984, quando fluxos de lava chegaram a oito quilômetros de Hilo, cidade mais populosa da ilha.
Raio-x do vulcão
O Mauna Loa (“montanha longa”, em havaiano) abrange 5.271 quilômetros quadrados, cobrindo metade da ilha do Havaí. Ele fica no Parque Nacional dos Vulcões e integra a Ilha Grande, uma cadeia de cinco vulcões. É o maior arquipélago do Havaí.
A base do vulcão fica no fundo do oceano, enquanto seu cume fica a 4.170 metros acima do nível do mar. De uma ponta a outra, são 9.170 metros. Para você ter uma ideia, ele é mais alto que o Monte Everest.
Já a cratera do cume do vulcão fica a 34 quilômetros a Oeste de Kilauea, um vulcão menor. Comparando os dois, a lava do Mauna Loa flui muito mais rápido.
Retrospecto
Além de colossal, o Mauna Loa é hiperativo. Foram 33 erupções desde 1843, quando os registros escritos detalhados do fenômeno começaram. Nessa época, polinésios colonizavam o arquipélago havaiano.
Todas começaram no cume do vulcão. E metade ficou restrita à área da caldeira vulcânica – Moku’āweoweo, em havaiano. Mas rolaram algumas surpresas nesses 179 anos de registro.
Quando a lava emerge da zona de fenda nordeste – foi o que rolou em 2022 – tem menos perigo de dar ruim. Por mais que Hilo fique abaixo desta zona, a parte mais ativa fica a quilômetros de distância.
Graças a essa margem, os cientistas saberiam com bastante antecedência se houvesse risco da lava chegar à cidade. E os moradores conseguiriam evacuar a região a tempo.
Só que, em algumas erupções, a lava emergiu de uma das duas zonas de fenda que flanqueiam o vulcão. Essas áreas têm encostas íngremes capazes de canalizar lava para os distritos de Ka‘ū e South Kona em horas. Um cenário muito mais perigoso, com risco de morte.
Erupções
Em 1859, uma erupção durou 300 dias e produzir um fluxo de lava que cobriu 51 quilômetros. O vulcão destruir aldeias e recursos essenciais para a população.
Já em 1950, veio uma erupção bem mais curta, só que mais destrutiva também. Após 23 dias, o vulcão tinha despejado 375 milhões de metros cúbicos de lava na ilha. Isso destruiu parte da sua infraestrutura.
A erupção que rolou em 1984 – até então, a mais recente – quase engoliu Hilo. Autoridades até tentaram usar explosivos para desviar os fluxos de lava, mas não deu certo.
Fonte: Olhar Digital / BBC, MetSul Meteorologia e National Geographic